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21 de julho de 2025

Genômica: O que é, exames e como funciona - Apoio Laboratorial

genômica é o campo da ciência que estuda os genes e como eles influenciam a saúde. Com essa abordagem, é possível identificar predisposições genéticas, diagnosticar doenças hereditárias e até personalizar tratamentos.

Nos laboratórios, os exames genômicos ajudam os médicos e especialistas a tomarem decisões mais precisas, aumentando assim as possibilidades no cuidado com o paciente. 

Mas como esses exames funcionam na prática? Aqui, você encontra todas as respostas para entender mais sobre o papel da genômica no apoio laboratorial.

Vamos lá?

O que é Genômica?

A genômica é a área da ciência que estuda o conjunto de genes de um organismo e como eles interagem entre si. Diferente da genética, que analisa genes específicos, a genômica observa o DNA de forma mais ampla, ajudando a entender como os genes influenciam a saúde e o desenvolvimento de doenças.

A partir dela, muitas informações importantes são obtidas, como mutações nos genes BRCA1 e BRCA2 — que são os genes de suscetibilidade ao câncer de mama.

Para isso, são utilizadas diversas técnicas baseadas em extrair, amplificar, sequenciar e analisar o material genético do organismo em questão.

O que é Genoma?

O genoma é o conjunto de todas as informações genéticas de um organismo, armazenadas no DNA. Ele determina desde características físicas até o funcionamento do corpo, influenciando a saúde e a predisposição a certas doenças.

Cada célula do organismo possui uma cópia desse código genético, que influencia fatores como predisposição a doenças, resposta a medicamentos e diversas condições de saúde.

O que são Genes?

Os genes são partes do DNA que carregam as informações responsáveis pelo funcionamento do corpo. Eles atuam como um "manual de instruções" que define características como cor dos olhos, altura e até a predisposição a certas doenças.

Cada gene é formado por uma sequência específica de DNA e tem a função de comandar a produção de proteínas — que são responsáveis por diversos processos biológicos indispensáveis para o corpo. 

Algumas alterações nesses genes podem influenciar a saúde, causando mutações que podem estar associadas a doenças hereditárias ou outras condições médicas.

Qual a diferença entre Genética e Genômica?

genética estuda genes individuais e como suas alterações podem ser transmitidas de geração em geração, influenciando características e doenças hereditárias. Já a genômica analisa todos os genes de um organismo e como eles interagem entre si. Em vez de focar em um único gene, essa abordagem busca entender o impacto conjunto do DNA na saúde.

Então, enquanto a genética busca identificar mutações específicas, a genômica traz uma visão mais completa, permitindo obter melhores diagnósticos e tratamentos personalizados.

Qual a diferença entre Genótipo e Genoma?

O genoma é todo o material genético de um organismo, ou seja, o conjunto completo de genes que contém as informações para seu funcionamento. Já o genótipo é a combinação específica de genes que cada pessoa herda dos pais. Ele define características como cor dos olhos e predisposição a certas doenças.

Ou seja, enquanto o genoma é a biblioteca completa de informações genéticas de uma espécie, o genótipo é a seleção individualizada de genes que cada pessoa herda e expressa de maneira única.

Qual é a importância da Medicina Genômica para a saúde?

Medicina Genômica vem revolucionando a forma como doenças são identificadas, prevenidas e tratadas. Ao analisar o DNA, ela ajuda a prever riscos genéticos, personalizar tratamentos e aumentar a precisão dos diagnósticos.

Com essa abordagem, os médicos podem indicar terapias otimizadas e que sejam ajustadas ao perfil genético de cada pessoa. Essa prática reduz os efeitos colaterais e melhora os resultados dos exames. 

Além disso, também permite a detecção precoce de doenças hereditárias, possibilitando um acompanhamento mais direcionado e com melhores chances de cura.

Áreas de estudo da Genômica

A genômica possui algumas áreas de estudo, como funcional, nutricional, comparativa, estrutural, evolutiva e hereditária.

Confira, abaixo, todas as especializações que aprofundam o estudo do genoma sob diferentes perspectivas da genômica:

Genômica Funcional

A genômica funcional analisa como os genes são ativados e regulados, investigando a relação entre DNA, RNA e proteínas

Esse estudo ajuda a entender como mutações genéticas podem afetar o funcionamento celular e contribuir para o desenvolvimento de doenças. 

Além disso, possibilita avanços em terapias personalizadas e na descoberta de novos tratamentos.

Genômica Nutricional

Estudando os genes que influenciam a resposta do organismo aos alimentos e nutrientes, a Genômica Nutricional facilita a personalização de dietas de acordo com o perfil genético.

Assim, torna possível a absorção de nutrientes e previne doenças metabólicas, como obesidade e diabetes.

Genômica Comparativa

A genômica comparativa analisa o DNA de diferentes espécies para identificar semelhanças e diferenças genéticas. 

O estudo ajuda a compreender a evolução dos organismos, além de contribuir para o desenvolvimento de tratamentos baseados em modelos biológicos semelhantes ao humano.

Genômica Estrutural 

organização física do genoma, estudada pela Genômica Estrutural, analisa a localização dos genes e suas sequências. 

Esse ramo da genômica é importante para mapear o DNA e entender como variações na estrutura genética podem impactar a saúde e o desenvolvimento de doenças hereditárias.

Genômica Evolutiva

A genômica evolutiva analisa como os genomas mudam ao longo do tempo e quais fatores, de fato, influenciam essas transformações. 

Na prática, ela é indispensável para entender como se dá a adaptação das espécies ao ambiente,  identificar mutações genéticas benéficas e traçar a história genética da humanidade.

Genômica Hereditária

Com foco em prever riscos de doenças hereditárias, como câncer e distúrbios genéticos raros, a Genômica Hereditária permite diagnósticos precoces e a personalização de tratamentos preventivos.

Para isso, o estudo envolve a análise do DNA, incluindo mutações, polimorfismos genéticos e interações entre genes. 

Esse campo da genômica tem avançado rapidamente com o uso de tecnologias como sequenciamento de nova geração (NGS) e inteligência artificial aplicada à análise genética.

Quais exames são utilizados pela área da Genômica?

Para as análises dentro da genômica, são utilizados os seguintes exames:

  • Sequenciamento de exoma;
  • Painel de câncer hereditário;
  • Painel para câncer de mama e ovário hereditário;
  • Teste Oncotype Dx para câncer de mama invasivo;
  • Exoma completo;
  • NIPT - Exame pré-natal não invasivo;
  • Microarrays de DNA;
  • Testes de ancestralidade e genealogia genética.

Com o avanço contínuo da tecnologia, a tendência é que esses exames se tornem ainda mais acessíveis e integrados à rotina dos laboratórios parceiros. 

Confira mais detalhes sobre eles:

Sequenciamento de exoma

O sequenciamento de exoma analisa apenas as regiões do DNA responsáveis pela produção de proteínas, conhecidas como exons. 

Essas áreas concentram a maior parte das mutações genéticas associadas a doenças hereditárias. Tal fato torna esse exame indispensável para identificar síndromes raras e condições genéticas complexas. 

É indicado também quando outros exames não trazem um diagnóstico definitivo, ajudando médicos a compreender melhor a origem de determinadas doenças e a definir condutas mais eficientes.

Painel de câncer hereditário

Esse exame investiga mutações em genes que aumentam a predisposição ao câncer. Entre os principais genes analisados estão o BRCA1, BRCA2 e TP53, associados a tumores como mama, ovário, próstata e colorretal. 

A partir dos resultados, é possível construir um plano de ação com medidas preventivas, como:

  • Rastreamento precoce;
  • Mudanças no estilo de vida;
  • Tratamentos personalizados, quando necessário. 

É um exame idealmente recomendado para pessoas com histórico familiar da doença.

Painel para câncer de mama e ovário hereditário

Focado no risco genético específico do câncer de mama e ovário, esse exame analisa mutações nos genes BRCA1 e BRCA2, além de outros genes relacionados à doença. 

A detecção dessas alterações pode orientar o acompanhamento médico e influenciar decisões sobre prevenção à essas condições.  Podem ser solicitados exames frequentes ou, em alguns casos, medidas profiláticas, como cirurgias preventivas. 

Ele é indicado principalmente para quem tem histórico familiar ou fatores de risco conhecidos.

Teste Oncotype Dx para câncer de mama invasivo

O Oncotype Dx é um exame que avalia a expressão de um conjunto de genes no tumor de mama invasivo para prever o risco de recorrência da doença. 

Com base nos resultados, os médicos podem determinar se a paciente realmente precisa de quimioterapia ou se outros tratamentos podem trazer melhores resultados. 

Essa análise contribui para decisões terapêuticas mais precisas, reduzindo a exposição desnecessária a tratamentos agressivos e seus efeitos colaterais.

Exoma completo

O exoma completo vai além do sequenciamento de exoma tradicional, analisando não apenas as regiões codificantes, mas também outras partes do DNA que podem influenciar no desenvolvimento de doenças. 

É indicado quando há suspeita de condições genéticas raras e complexas, permitindo uma investigação mais aprofundada para um diagnóstico preciso. 

Veja mais usos:

  • Diagnóstico de doenças raras e genéticas, identificando mutações responsáveis por doenças hereditárias;
  • Oncogenômica, pois detecta variações genéticas associadas ao câncer hereditário.
  • Medicina de precisão, ao personalizar tratamentos com base nas características genéticas do paciente;
  • Triagem pré-natal e neonatal, por auxiliar na identificação precoce de condições genéticas.

NIPT - Exame pré-natal não invasivo

O Non-Invasive Prenatal Test (NIPT) é um exame que analisa o DNA fetal presente no sangue da mãe para detectar alterações cromossômicas no bebê ainda durante a gestação. 

Ele pode identificar condições como síndrome de Down, síndrome de Edwards e síndrome de Patau, sem oferecer riscos para a mãe ou para o feto. 

Além disso, também pode determinar o sexo do bebê de forma precoce. Esse exame tem se tornado uma alternativa cada vez mais acessível para gestantes que desejam um acompanhamento genético mais completo.

Microarrays de DNA

Os microarrays de DNA são exames que analisam milhares de variações genéticas simultaneamente. Assim, é possível a identificação de pequenas alterações cromossômicas que podem estar associadas a doenças genéticas, síndromes raras e até a alguns tipos de câncer. 

É muito útil em casos de distúrbios do neurodesenvolvimento, como autismo e deficiência intelectual, ajudando a esclarecer diagnósticos e a orientar condutas médicas.

Testes de ancestralidade e genealogia genética

Os testes de ancestralidade analisam o DNA para identificar a origem genética de uma pessoa, mostrando sua ligação com diferentes grupos populacionais ao redor do mundo. 

Já a genealogia genética pode ser utilizada para rastrear parentesco biológico, esclarecer laços familiares e até auxiliar em investigações forenses. 

São exames que têm ganhado popularidade não apenas por curiosidade sobre a origem pessoal, mas também por sua aplicação na identificação de predisposições genéticas ligadas a diferentes etnias.

O que é uma Análise Genômica?

A análise genômica é um exame que investiga o DNA para identificar variações genéticas que podem influenciar a saúde.  Com ela, é possível detectar predisposições a doenças, entender como o organismo responde a certos medicamentos e até auxiliar em diagnósticos mais precisos.

Diferente dos exames genéticos convencionais, a análise genômica avalia um número maior de genes e suas interações, trazendo um olhar mais completo sobre as características hereditárias de um indivíduo.

Com essas informações, médicos e especialistas conseguem atuar de forma mais efetiva na prevenção, monitoramento e tratamento de diversas condições.

Além da aplicação na medicina, esse exame também é usado em pesquisas científicas, estudos de hereditariedade e no avanço da medicina de precisão, tornando os cuidados com a saúde cada vez mais eficientes e direcionados.

Qual a relação entre Genômica e Proteômica?

A genômica analisa o DNA, identificando mutações e variações genéticas que podem influenciar a saúde. Já a proteômica investiga as proteínas, que são produzidas com base nas instruções do DNA e têm papel importante no funcionamento das células.

Assim, a genômica e a proteômica estão diretamente conectadas porque estudam diferentes etapas do funcionamento do organismo. Essa relação é fundamental porque mudanças nos genes podem afetar a produção e a função das proteínas. 

Por isso, enquanto a genômica ajuda a identificar predisposições a doenças, a proteômica permite entender como essas alterações impactam o organismo na prática.

A integração dessas duas áreas vem transformando a medicina de precisão, com diagnósticos mais completos e melhores resultados nos tratamentos, baseados no perfil genético e molecular de cada paciente.

Como a Genômica contribui para a personalização de tratamentos?

No tratamento do câncer, por exemplo, a genômica ajuda a identificar mutações genéticas no tumor, permitindo o uso de terapias direcionadas, que atacam apenas as células doentes e reduzem os efeitos colaterais.

Outro benefício está na farmacogenômica, que analisa como cada organismo metaboliza medicamentos. Isso possibilita a escolha do remédio mais adequado e a dosagem correta para cada paciente, evitando reações adversas e tornando o tratamento mais eficiente.

Além disso, a genômica também contribui para a prevenção, ajudando a identificar riscos genéticos para algumas doenças e permitindo ações antecipadas, como mudanças no estilo de vida e acompanhamento médico mais próximo. 

Com isso, os tratamentos ficam cada vez mais precisos e adaptados para cada pessoa.

Qual o impacto da Genômica na detecção precoce de doenças?

Na oncologia, por exemplo, exames genômicos ajudam a detectar mutações associadas ao câncer hereditário, como as dos genes BRCA1 e BRCA2, permitindo que estratégias preventivas sejam aplicadas com antecedência. 

Já em doenças metabólicas e neurodegenerativas, a análise genética pode auxiliar no diagnóstico precoce, permitindo intervenções que retardam ou minimizam os impactos da condição.

Avanços tecnológicos na Genômica: o que mudou nos últimos anos?

Nos últimos anos, a genômica avançou muito, tornando os exames mais rápidos, acessíveis e precisos. Com o desenvolvimento de novas tecnologias de sequenciamento, hoje é possível analisar o DNA com mais eficiência e a um custo reduzido, permitindo que a genômica seja uma ferramenta importante na medicina personalizada.

Uma das principais evoluções foi o sequenciamento de nova geração (NGS), que revolucionou a forma como o DNA é analisado. 

Esse método consegue mapear grandes volumes de informação genética em pouco tempo, o que agiliza os diagnósticos, facilita a identificação de doenças hereditárias e também mutações associadas a diferentes condições de saúde.

Outro avanço importante está na integração da inteligência artificial e do machine learning na interpretação de dados genéticos. 

Essas tecnologias ajudam a identificar padrões em grandes bases de dados, garantindo que as análises tenham maior precisão e auxiliando na descoberta de novas relações entre genes e doenças.

Além disso, a popularização do NIPT trouxe mais segurança para a triagem genética fetal, permitindo a detecção precoce de síndromes cromossômicas sem riscos para a gestação.

Esses avanços vêm tornando a genômica cada vez mais acessível, ampliando sua aplicação na medicina de precisão e possibilitando que os tratamentos sejam mais direcionados para diversas condições genéticas. 

A tendência é que, nos próximos anos, essas tecnologias evoluam ainda mais, tornando os exames genômicos parte importante do cuidado com a saúde.

Como a Genômica auxilia na escolha de medicamentos mais eficazes?

Cada organismo metaboliza medicamentos de forma diferente. Algumas pessoas eliminam certas substâncias mais rapidamente, enquanto outras podem ter reações adversas por não metabolizá-las corretamente. 

Com a genômica, médicos conseguem prever essas variações e ajustar a dosagem ou até mesmo substituir um medicamento para garantir um melhor resultado.

Esse tipo de análise já é muito utilizado em tratamentos oncológicos, psiquiátricos e cardiológicos, principalmente para evitar a fase de tentativas e erros que acabam gerando um grande desgaste. 

No câncer, por exemplo, exames genômicos ajudam a determinar quais terapias-alvo são mais adequadas para cada tipo de tumor, aumentando as chances de sucesso do tratamento. 

Em doenças cardiovasculares, a genômica pode indicar quais anticoagulantes oferecem menor risco de efeitos colaterais para determinados pacientes.

Fato é que, com os avanços na medicina personalizada, a tendência é que a genômica continue aprimorando a escolha de medicamentos, melhorando a qualidade de vida dos pacientes.

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